terça-feira, 18 de março de 2014

Líbia utiliza força contra petroleiro com bandeira norte-coreana

Um petroleiro com bandeira nortecoreana atracou no passado sábado no terminal leste do Es Sider, na Líbia, um dos três portos que os rebeldes que reivindicam autonomia e uma maior participação nas receitas do petróleo controlam desde Agosto.


De imediato, o actual governo líbio autorizou o uso da força militar para impedir que o cargueiro carregue petróleo bruto à revelia da sua autoridade. Segundo o jornal local al-Wasat disse o navio já teria sido carregado o equivalente a USD 36 milhões de óleo bruto Este é ainda o lastro as sequências da ‘Primavera Líbia’, que não conseguiu controlar os rebeldes que ajudaram derrubar Muammar Gaddafi.

O caos envolve a produção de um dos membros da Opep. Em Trípoli, trabalhadores de uma empresa estatal de petróleo que controla o porto de Es Sider, entraram em greve, pressionando o governo a intervir porque seus colegas estavam sendo ameaçados por manifestantes armados.

‘Estamos muito aborrecidos com o que está acontecendo em Es Sider’, disse Salah Madari, um trabalhador da área do petróleo, na capital. ‘O oficial de controlo do porto está sob a mira de uma arma’, disse, acrescentando que homens armados também tinham forçado um piloto a dirigir o petroleiro até a doca.

O primeiro-ministro Ali Zeidan disse no sábado que os militares iam bombardear o Morning Glory, de 37 mil toneladas, se ele tentasse sair do porto, um dos maiores terminais de petróleo da Líbia.

Em Agosto, os rebeldes liderados pelo ex-comandante anti-Gaddafi, Ibrahim Jathran, que já liderou uma brigada paga pelo país para proteger as instalações petrolíferas, tomaram conta de Es Sider e outros dois portos no leste do país. Já em Janeiro, a marinha líbia atirara contra um petroleiro de bandeira maltesa, sob a alegação de que o petroleiro havia tentado carregar petróleo dos manifestantes de Es Sider, conseguindo afugentar a embarcação.

É muito raro que um petroleiro com bandeira da reservada Coreia do Norte opere no Mediterrâneo, disseram fontes da marinha mercante. A NOC diz que o petroleiro pertence a uma empresa saudita. Ele mudou de donos nas últimas semanas e era chamado anteriormente de Gulf Glory, de acordo com uma fonte da marinha mercante.

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